Sunday, April 13, 2014

Uma ótima novidade para as águas abertas do Brasil


O Brasil comemora o título de campeão geral no Mundial de Barcelona – Foto: Satiro Sodré

O ano de 2013 para as águas abertas do Brasil foi incrível. No Campeonato Mundial de Barcelona foram cinco medalhas, incluindo o título mundial de Poliana Okimoto nos 10 km e o título de campeão geral entre nações. Na Copa do Mundo de 10 km, Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo disputaram o título até o final e terminaram a temporada na terceira colocação geral em suas categorias. E para fechar com chave de ouro, Poliana foi eleita a melhor atleta de maratonas aquáticas pela Federação Internacional de Natação (Fina) e melhor atleta olímpica do esporte brasileiro pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Se 2013 foi um ótimo ano, 2014 começou muito bem também. Na Copa de Mundo de águas abertas, Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha subiram ao pódio nas duas primeiras etapas da temporada (Viedma e Cancun) e lideram o ranking do circuito com 38 e 34 pontos respectivamente. No masculino, o jovem Diego Villarinho terminou a etapa de Cancun na terceira posição e conquistou seu primeiro pódio em competições organizadas pela Fina. Embalado por todo esse sucesso, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) resolveu apresentar uma novidade para o Troféu Maria Lenk, o principal campeonato nacional em piscina que tem início daqui a pouco mais de uma semana na cidade de São Paulo. A entidade irá realizar na raia da USP uma prova de 5 km antes da etapa final da competição em piscina. Será um evento teste, que não valerá pontos aos clubes na contagem geral do Troféu Maria Lenk e terá como grande objetivo incentivar e promover a natação de fundo do Brasil. Por diversas vezes técnicos de águas abertas já haviam manifestado interesse de realizar uma prova de maratona aquática em conjunto com o nacional de piscina. Para eles, uma travessia seria importante para dar mais destaque e atrair atletas as provas de fundo, além de valorizar os clubes que poderiam conquistar pontos extras. Com a proximidade dos Jogos Olímpicos do Rio, a ideia também agradou ao COB e esse a CBDA resolveu fazer este evento teste, que deve ser adicionado de maneira oficial para o calendário de 2015. Trata-se de uma boa iniciativa atrair mais interesse e atenção a natação de fundo do Brasil. Com o sucesso alcançado pelas recentes conquistas do país nas águas abertas, o momento para divulgação da modalidade é agora. E com o provável fato de as equipes poderem somar pontos a partir do ano que vem, mais clubes investirão em nadadores de fundo visando bonificações. E isso ajudará também as futuras gerações, fazendo com que o Brasil permaneça por muito tempo no topo mundial das águas abertas.
Por Guilherme Freitas
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Vista aérea da Raia da USP  – Foto: Reprodução

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